A CazéTV, um dos canais oficiais de transmissão das Olimpíadas de 2024, começou a realizar campanhas para os seus espectadores seguirem os atletas brasileiros que estão competindo nos torneios realizados em Paris.
O movimento de seguir atletas após ganharem uma prova é normal, mas a iniciativa do canal ajudou a alavancar os seguidores de vários esportistas.
O cenário esportivo no Brasil
O quadro de medalhas do Brasil sempre é modesto comparado com outros países, como Estados Unidos, China, Japão e Reino Unido. Os principais motivos para isso são os desafios enfrentados pelos atletas brasileiros, como:
- Falta de investimento: o baixo investimento impacta diretamente a infraestrutura de manter atletas, espaços de treinamento e a possibilidade de desenvolvimento de carreiras duradouras.
- Grande atenção no futebol: o futebol ofusca as outras modalidades esportivas no país, concentrando a maior parte dos recursos e da atenção do público.
- Dificuldades financeiras: muitos atletas enfrentam dificuldades financeiras para se manterem em treinamentos e competições. A falta de patrocínios e a necessidade de conciliar o esporte com outros trabalhos são comuns.
- Infraestrutura precária: a ausência de quadras, pistas e equipamentos limita as possibilidades de treinamento e competição.
Como a iniciativa da CazéTV ajuda os atletas?
Ter um grande número de seguidores nas redes sociais pode ajudar os atletas a conseguir:
1 – Aumento de visibilidade
Quanto mais seguidores, maior a exposição da marca pessoal do atleta. Isso atrai a atenção de futuros patrocinadores e clubes.
2 – Oportunidade de negócios
Uma base de fãs engajados e que apoia o atleta pode gerar parcerias com marcas, criação de produtos personalizados, participação em eventos em campanhas publicitárias, entre outros.
3 – Influência
Com uma grande audiência, os atletas podem causar um impacto social positivo e até mesmo negociar melhores contratos. Segundo uma pesquisa da MField em parceria com a Opinion Box, 58% das pessoas sentem mais vontade de comprar uma marca que faz parceria com atletas. Ainda, 63% passam a confiar mais nesta marca.
4 – Networking
As redes sociais também podem facilitar a conexão com outros profissionais do esporte, como agentes e treinadores.
5 – Maior reconhecimento de outros esportes
As Olimpíadas mostram modalidades que o brasileiro comum não está acostumado a ver — até porque, a maioria dos torneios televisionados são de futebol. A iniciativa não só ajuda a fortalecer o público do atleta, mas também o esporte que ele representa.
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Resultados do mutirão até o momento
Os atletas divulgados na transmissão da CazéTV conseguiram crescer em número de seguidores de maneira rápida. Aqueles que conseguiram medalhas, tiveram aumento ainda maior. Alguns exemplos são:
- Julia Soares, ginasta, ganhou medalha de bronze por ginástica em equipe: passou de 56 mil para 2,7 milhões de seguidores.
- Rebeca Andrade, ginasta, ganhou medalha de bronze por ginástica em equipe e prata por ginástica individual: passou de 2,7 milhões para 11,9 milhões de seguidores.
- Jade Barbosa, ginasta, ganhou medalha de bronze por ginástica em equipe: passou de 760 mil para 2,1 milhões de seguidores.
- Flávia Saraiva, ginasta, ganhou medalha de bronze por ginástica em equipe: passou de 1,1 milhões para 5,7 milhões de seguidores.
- Lorrane Santos, ginasta, ganhou medalha de bronze por ginástica em equipe: passou de 146,5 mil para 2 milhões de seguidores.
- Gustavo “Bala Loka”, competiu na modalidade BMX Freestyle: passou de 125 mil para 191 mil seguidores.
- Willian Lima, judoca, competiu na categoria 66kg e ganhou medalha de prata: passou de 24 mil para 433 mil seguidores.
- Beatriz Souza, judoca, competiu na categoria +78kg e ganhou a primeira medalha de ouro do Brasil: passou de 13 mil para 3,2 milhões de seguidores.
Quando a pesquisa da Mfield com a Opinion Box foi divulgada, ao final de julho de 2024, os esportes que mais acumulavam seguidores no Brasil eram: skate (18,6 milhões), vôlei (18,2 milhões), surf (18,1 milhões), atletismo (12,3 milhões), ginástica artística (9,4 milhões) e futebol (9,2 milhões). Ao final das Olimpíadas de 2024, este ranking provavelmente sofrerá alterações.