Marketing em tempos de crise: como reduzir custos e ter resultados positivos?

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Ter um bom marketing em tempos de crise é estudar diferentes cenários, definir prioridades, adaptar estratégias e avaliar oportunidades. Além disso, também é atuar de maneira estratégica e eficiente, ou seja, estabelecer ações plausíveis de curto, médio e longo prazo e obter aproveitar da melhor forma os recursos disponíveis.

As crises fazem parte da história da maioria das empresas e, portanto, devemos ter em mente que não se trata de “se”, mas “quando” um novo obstáculo atingirá nossos negócios.

Além disso, devemos ressaltar que o Brasil, em especial, é marcado por problemas políticos e econômicos anos. Mas, embora as grandes mídias e as redes sociais foquem nos eventos de impacto nacional ou global, as empresas estão sujeitas a vários outros tipos de ameaça.

Seja qual for a situação, no entanto, investir em Marketing em tempos de crise é essencial e nos tópicos abaixo mostraremos dados que comprovam esse argumento e orientações para conduzir suas ações nesses períodos atípicos. Confira!

Como as crises impactam as empresas?

Primeiramente, a fim de definir boas estratégias de Marketing em tempos de crise, precisamos entender o que, de fato, acontece na empresa, no seu mercado, na economia e na sociedade.

Afinal, existem crises de várias as formas e tamanhos e o impacto de cada uma delas é muito relativo.

Ou seja,  não podemos nos prender a conclusões generalizadas. Precisamos verificar em quais aspectos e em que dimensões um empreendimento realmente será afetado — ou beneficiado, pois muitas oportunidades surgem em meio às adversidades também.

Veja, a seguir, alguns pontos que você deve levar em consideração no seu planejamento!

Como definir uma crise?

A rede de consultoria global PwC realizou uma grande pesquisa com 4.500 empresas de 43 países diferentes, a Pesquisa Global sobre Crises 2019. 

No estudo, uma crise foi definida como uma situação:

  • provocada por fatores internos ou externos significativos e/ ou pela soma ou agravamento de problemas menores;
  • tem um impacto multifuncional em toda a empresa;
  • gera interrupções nas operações comerciais;
  • proporciona riscos econômicos e/ ou à reputação da empresa.

Qual é a abrangência das crises entre as organizações?

De acordo com os líderes ouvidos na pesquisa, cerca de  7 a cada 10 organizações já enfrentaram, pelo menos uma crise nos últimos cinco anos, e, entre elas, o número médio de crises enfrentadas é superior a três.

No Brasil, esse número aumenta: 8 em cada 10 gestores afirmaram ter lidado com, pelo menos, uma crise nos últimos cinco anos e o risco se agrava com o porte da empresa. 

No geral, as empresas com mais de 5 mil funcionários costumam enfrentar, em média, uma crise a cada ano.

Como as empresas têm lidado com as crises?

De acordo com o  estudo da PwC, 74% das organizações (67% no Brasil) buscaram ajuda externa durante ou após a maior crise que já passaram.

Além disso, aproximadamente 44% das empresas ao redor do mundo dizem ter um plano de resposta para crises — no Brasil, entretanto, esse número cai para 27%.

Qual é a situação das empresas no pós-crise?

Entre os 1400 gestores que declararam ter vivenciado uma grande crise, 42% afirmaram que suas organizações estavam ainda melhores no pós-crise. 

Além disso, alguns deles destacaram que conseguiram, ainda, aumentar as receitas devido às ações tomadas durante o processo.

Nesse sentido, vale ressaltar que o Brasil está acima da média mundial: 57% das empresas brasileiras declararam ter se saído melhor após uma crise grave e somente 16% disseram ter saído em uma posição pior.

Esses dados mostram as diversas implicações que um evento negativo pode ter para diferentes empresas. Ainda mais, nos últimos anos, por exemplo, os diferentes problemas econômicos vivenciados pelos brasileiros não impediram de alguns setores — como o turismo, alimentos e o Marketing Digital — mantivessem seu crescimento.

Ou seja, não podemos nos prender às generalizações, devemos enxergar as diferentes possibilidades que temos para vencer uma crise.

Qual o papel do Marketing nos diferentes momentos de um negócio?

O Marketing não se resume a propaganda e publicidade. As estratégias de marketing também contemplam fazer pesquisas, definir e atualizar modelos de negócio, criar produtos e serviços, desenvolver e fortalecer marcas, gerar engajamento e relacionamento, educar consumidores e inovar empreendimentos.

Em outras palavras, o papel do Marketing é conduzir uma empresa ao longo de toda a sua trajetória no mercado.

Assim, não há muito sentido em deixar de investir em Marketing em tempos de crise, certo?

Afinal de contas, nos dias de hoje, as pessoas não procuram somente por produtos e serviços, elas buscam conhecimento, envolvimento, experiências, valores e atitudes relevantes. Portanto, tal como a gestão das empresas, o Marketing também precisa ser pensado de maneira ampla e dinâmica.

Mas, como isso se aplica aos períodos de crise?

O Marketing como instrumento de entendimento

Em suma, um dos principais papéis do Marketing é situar uma empresa em um mercado, ou seja, avaliar o quadro econômico atual, questões legais, parceiros, concorrentes e, principalmente, os consumidores que se pretende alcançar.

Durante as crises, sobretudo, é extremamente importante compreender as circunstâncias para agir da maneira mais rápida e racional possível. Dessa forma, então, conquistando resultados positivos mesmo durante as crises.

O Marketing para continuidade

Colocando o Marketing além de produtos e serviços, podemos dizer que ele também é uma solução para manter a continuidade da empresa em meio a todos os tipos de obstáculos, até mesmo diante de situações extremas.

O poder de resiliência dos negócios é algo bastante particular, afinal, cada organização vive uma realidade, independentemente do seu tamanho, estágio ou segmento.

No entanto, calar-se ou desaparecer durante um momento ruim estimula -e muito – receios e boatos, como também prejudica severamente a sua retomada após a crise.

Sendo assim, uma das melhores coisas a se fazer durante um período adverso é estreitar o relacionamento com o público e elevar a confiança desses consumidores em relação à sua marca. Assim, ao primeiro sinal de estabilização, a empresa poderá retomar às vendas com o máximo de tração.

Marketing em tempos de crise

O Marketing como ferramenta de inovação

Nos últimos cinco anos, presenciamos o sucesso dos transportes por aplicativo e das entregas por delivery, testemunhamos plataformas de streaming roubarem os holofotes de grandes estúdios de cinema. 

Além disso, também observamos o crescimento dos e-commerces, dos serviços digitais e as mudanças na comunicação das empresas que estão cada vez presentes na internet.

Assim, vemos que inovar é preciso. Mas, não basta apenas mudar por mudar, é preciso evoluir de maneira coerente, de acordo com as transformações que se consolidam pouco a pouco no dia a dia das empresas e dos consumidores.

Nesse sentido, o marketing direciona as empresas para o melhor caminho a ser seguido, potencializando os resultados da organização pós crise.

Quais são as melhores estratégias de Marketing em tempos de crise?

Agora que você já entendeu mais sobre as crises e qual é o papel do Marketing nas empresas, confira as melhores estratégias para adotar em tempos de crise!

Growth Hacking

Em síntese o Growth Hacking significa realizar ações inovadoras, muitas vezes inéditas, visando crescimento rápido.

Essa estratégia que ganhou popularidade com as startups e não se limita meramente à criatividade. O Growth Hacking deve se apoiar nos KPIs (indicadores de sucesso do negócio) e em oportunidades identificadas no mercado. 

O grande diferencial dessa metodologia está no máximo esforço empregado para que os resultados sejam conquistados da forma mais rápida e menos custosa possível.

Marketing Digital

O Marketing Digital é um conjunto de estratégias – muito popular – de Marketing aplicadas aos canais e recursos digitais. 

Diante do enorme papel da internet na sociedade e no mercado moderno, essa estratégia é basicamente uma necessidade para as empresas.

Vale destacar, no entanto, que o termo e algumas práticas estão muito banalizadas, o que desperta desconfiança entre os empresários. Sobretudo em tempos de crise, é essencial recorrer a profissionais e empresas com boa reputação no mercado, para realmente ter bons resultados.

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Por que investir em Marketing Digital?

Marketing de Relacionamento

Se no momento atual as vendas não vão bem, o melhor a se fazer é cuidar bem dos seus clientes atuais e preparar o terreno para novas oportunidades no futuro. Ou seja, o que você jamais deve fazer em um período de crise é simplesmente desaparecer!

Nesse sentido, o Marketing de Relacionamento reúne uma série de práticas para a sua marca se aproximar do seu público, ganhar autoridade e fidelizar clientes.

Publicidade em geral

Seja na internet ou em canais tradicionais, a publicidade pode ser muito vantajosa em períodos de crise. 

Muitas empresas reduzem ou cortam seus investimentos em campanhas e anúncios em meio a crises. Entretanto, isso só abre espaço para que seus concorrentes se destaquem enquanto a sua marca é esquecida aos poucos.

Por isso, mesmo que o seu investimento não seja o mesmo, continue sempre investindo em publicidade, ok?

Marketing de Conteúdo

O Marketing de Conteúdo está ligado ao Marketing Digital, mas tem uma proposta mais específica: educar o mercado e atrair público qualificado para as empresas.

Além da produção de materiais ricos, o Marketing de Conteúdo também reúne técnicas de SEO (otimização para motores de busca) e relacionamento, assim, considerada uma alternativa eficiente e menos invasiva que a publicidade tradicional.

Social Media Marketing

As redes sociais são um fenômeno — e o número de empresas que atribuem seu sucesso ao seu trabalho desenvolvido nessas plataformas cresce cada vez mais.

As redes sociais são canais são únicos, pois nos permitem trabalhar diferentes tipos de Marketing com um diferencial muito importante: neles, é possível que as marcas e seus consumidores sejam próximos como amigos!

Essa aproximação é muito valiosa, mas precisa ser desenvolvida gradualmente com uma presença ativa, postagens humanizadas e ações de engajamento. Por isso, é recomendado que o trabalho das redes sociais seja feito por quem entende do assunto.

E então, gostou das dicas?

Para mais conteúdos como esse, continue acompanhando o nosso blog.

Sucesso!

Esse artigo foi escrito por...

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Giovanni Balarin

Giovanni é co-fundador e CEO da Mestres do Site, atua no mercado de Marketing Digital há mais de 18 anos. Especialista em Tráfego Pago, Busca Orgânica e Inbound Marketing com certificação Google Ads e Gold Partner RD Station.

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